Festival de Filosofia de Abrantes

filosofia 2023 destaque

"Para resgatar o ambiente e o futuro da humanidade, temos de alterar o sistema de medição que premeia a poluição e os resíduos. Temos de valorizar o meio ambiente e ir além do PIB. Quando abatemos florestas estamos a aumentar o PIB. Quando pescamos massivamente, esgotando os mares, estamos a aumentar o PIB. O PIB não é forma de medir a riqueza na atual situação do planeta. Temos de mudar para uma economia circular e regenerativa."

António Guterres

 

Como disse Al Gore, o impacto das atividades humanas sobre o clima, os ecossistemas e a sustentabilidade, foi durante muito tempo, uma verdade inconveniente. Os sinais vitais do planeta indicam que a Terra está doente, ultrapassámos sete dos oito limites que a tornam habitável. A explosão demográfica desequilibrou os ecossistemas e a exauriu os seus recursos. Somos demais e não revelamos compromisso com as gerações futuras.

A Estratégia da Biodiversidade da União Europeia para 2030 e o Global Risk Report (Davos 2022), consideram perda de biodiversidade, colapso dos ecossistemas e alterações climáticas as maiores ameaças para a humanidade. Segundo o Secretário Geral da ONU estamos numa rota de suicídio climático e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável têm de ser resgatados.

Se a crise climática é a maior ameaça à humanidade, também o é para a economia. Sabemos como lhe fazer frente, mas as inércias económicas e culturais parecem inultrapassáveis. Os custos da mudança serão enormes, mas se não fizermos nada serão muito maiores e causarão demasiado sofrimento.

A sustentabilidade não é compatível com modelos de produção desadequados, negativismo climático, incapacidade de adaptação e resistência à mudança. Os desafios do Antropoceno exigem assertividade das respostas nas três dimensões da sustentabilidade: ambiental, económica e social.

Todos temos interesse na qualidade de vida atual e futura no planeta, por isso precisamos do compromisso ético de indivíduos, organizações e estados, cujas ações têm de ser permanentemente legitimadas face ao interesse comum.

Não podemos continuar a ignorar a ciência, ela já apontou os caminhos da mudança e exemplos de boas práticas não faltam. É imperioso ligar conhecimento, tecnologia e natureza, para repensar a economia. Precisamos de uma educação eco centrada que adeque atividades humanas e dinâmicas dos ecossistemas e de aprender a viver de forma não predatória, porque somos parte da natureza e não os seus donos. Somos parte dela e temos muito a aprender com ela. Só nos falta mudar de vida.

Mais informações aqui

Datas
2023-11-16 14:00 - 2023-11-18 23:00
Todas as datas
  • De 2023-11-16 14:00 a 2023-11-18 23:00
Local
Biblioteca Municipal António Botto
Telefone
241330100
E-mail
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 

Powered by iCagenda

Neste sítio são utilizados cookies de forma a melhorar o desenpenho e a experiência do utilizador. Ao navegar no nosso sítio estará a concordar com a sua utilização. Para saber mais sobre cookies, consulte a nossa politica de privacidade.